segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Repito

E volta a ocorrer, e volta a ocorrer. Acontece e eu arrependo-me. Prometo: nunca mais. Nunca!

Será estupidez, Será fraqueza
É estupidez, é fraqueza

Eu arrependo-me. Mas entendo que é a minha condição.
Tento lidar com isso.
Mas antes que dê conta...

Repito.

sábado, 17 de setembro de 2011

Dez elevado a menos quarenta e três

       Porque o zero absoluto nunca existiu. Porque não existe frio mas ausência de calor. Porque não existe escuridão mas ausência de luz.

        Começo a escrever sem me sentir seguro de estar preparado e penso. Se tivesse a certeza faria-o sem pensar. Mas cuido nunca vir a ser capaz de o fazer instintivamente. Como com o sentido natural que as abelhas utilizam para colher o pólen. Como com a programação empregue num motor de busca que procura o que nele foi escrito e de seguida premido enter.  Como com a celestial conformidade que tem o planeta a rodar à volta da sua estrela. 

        Torna-se impossível. Num sentido natural pelo menos. Se vivesse desde sempre para sempre, então talvez. Talvez. Num determinado momento, fruto de um felicíssimo acaso, quando estivesse o mais despercebido possível, se após todos os meteoritos, cometas, satélites, planetas, estrelas, quasares, super-novas, galáxias e todos os corpos celestiais pertencentes ou até não-pertencentes ao universo estivessem alinhados, em sintonia, se deus estivesse de acordo, se o caldo primordial a que chamamos deus estivesse de acordo, e eu tivesse existido desde sempre para sempre e estivesse desde sempre e para sempre tentando, entao talvez. Talvez.